quinta-feira, 17 de julho de 2008

A poesia seguinte

Seguem palavras que seguem outras;
Seguem caminhos que anulam a si mesmos;
Palavras e caminhos
Palavras para alguem?

A poesia seguinte


Sou um estrangeiro em mim mesmo;
A fria lembrança na qual surge estes
Versos
Faz lembrar o quanto deve ser dificil
Apoiar-se na escuridão plena do passado.

Queimem seus desejos!
Anulem suas vontades!

Cego é aquele que perde tempo consigo
Esquece que não existe o Eu:
Apenas nós.

Mas filosofia não faz um novo nascer do sol;
Portanto esqueço o filosofar e
A metafísica do olhar que anseio e
A virtude que ignoro pra ver
O quanto pode tudo isso durar.

Quem bateu na porta do outro
E assumiu um erro, e pediu desculpas
Pelo amanhã que ainda não chegou?
Essas casas são feitas de amores frágeis.

Quem entende o amor como algo que se esconde
É um tolo.
Quantos poetas escreveram amores
E não viveram eles.

E o estrangeiro continua a vagar
A desbravar
A esconder-se de tempestades não previstas
Porque isso tudo sou Eu.

O Eu que nego.
E finjo o Nós.

Nenhum comentário: