quinta-feira, 19 de março de 2009

Outono.




Por mais estranho que pareça, 
este é um poema de amor... sim, este é um poema de amor

Outono

É outono.

Hoje fui dormir mais cedo.
Não por acreditar que uma promessa se finda em memórias, 
ressentimentos ou milagres
(mas o que é o milagre além de uma memória que existe?)
Mas por que acreditei.

Já sentei e esperei por muito
por pouco também já me perdi
E ja perdi pessoas que não perdem nada.
(São elas que existem, ou sou eu que as esqueci?)
Enquanto continuava sentado, observava a todos nos olhos.

Nunca segui ninguem.

E são essas verdades (verdades que são você) 
que me fazem ver que o outono 
não é algo que deixa de existir
aquilo que falece, cai, e faz a vida continuar...
Ele é muito mais do que isso.

Já me cansei de temer a vida.
(por menos que seja, esperar e temer sempre será igual)
Já me cansei de temer o próximo passo;
Já me cansei.

Chega de olhar para os outros e pensar 
que devia ter olhado mais pra trás.
(Palavras trazem rancor e algo mais,
 porém isso foi algo que nunca neguei)

Hoje fui dormir mais cedo.