Por mais estranho que pareça,
este é um poema de amor... sim, este é um poema de amor
Outono
É outono.
Não por acreditar que uma promessa se finda em memórias,
ressentimentos ou milagres
(mas o que é o milagre além de uma memória que existe?)
Mas por que acreditei.
Já sentei e esperei por muito
por pouco também já me perdi
E ja perdi pessoas que não perdem nada.
(São elas que existem, ou sou eu que as esqueci?)
Enquanto continuava sentado, observava a todos nos olhos.
Nunca segui ninguem.
E são essas verdades (verdades que são você)
que me fazem ver que o outono
não é algo que deixa de existir
aquilo que falece, cai, e faz a vida continuar...
Ele é muito mais do que isso.
Já me cansei de temer a vida.
(por menos que seja, esperar e temer sempre será igual)
Já me cansei de temer o próximo passo;
Já me cansei.
Chega de olhar para os outros e pensar
que devia ter olhado mais pra trás.
(Palavras trazem rancor e algo mais,
porém isso foi algo que nunca neguei)
Hoje fui dormir mais cedo.