sexta-feira, 24 de julho de 2009
Quero a chuva na minha janela
Escrito na madrugada, sem meus óculos,
sem sono nenhum, e com medo de sonhar.
Quero a chuva na minha janela
Quero a chuva na minha janela
Como prometestes
Quero a chuva na minha janela
E você aqui dentro, comigo
O torpor
(tempestade dentro de mim)
A juventude
Toda essa mudança e vontade
Desespero de amar
(ou de amante)
Quero a chuva na minha janela
Mais do que podes imaginar
Quero todas as palavras como gotas de orvalho que caem
Sob a relva em algum local distante daqui
e mesmo assim solitário e indefinido
como é o indefinido amar
e se perder
e mesmo assim acreditar que
se perder é se entregar e morrer
mais uma vez sem sentir a proxima estação
ou o proximo outono, pra ser mais exato
Ao contrário que virá
mesmo assim
sem medo e sem pudor
se entregar
Morrer nos teus braços
para poder acordar mais uma vez e te encontrar
comigo em meio ás gotas que foram esquecidas
Mais uma vez esqueceram a ti
para encontrar a mim
(Sorrio nesse momento exato,
e você sabe o porque,
sempre soube)
e mesmo assim morrer de novo
O inverno chega
mas não traz o frio
nem a morte
nem a dor
nem a reclusão:
Me traz apenas uma chance a mais
de poder olhar novamente para o horizonte
e pensar em como seria melhor estar
a alguns passos da sua presença.
Porém não acredito em vãs palavras:
acredito apenas na chuva e em suas consequências.
(e a chuva
que deveria cair sob a luz da lua
e não sob a luz do sol)
Mas não é a chuva
e nem o sol estranho que me rodeia nos dias frios
e solitários que
me mantém distante da sua presança e de seus beijos
que me deixam assim tão sombrio
e melancolico mas
sim a loucura dos dias nos quais me entrego para uma paixão
que não compreendo
e me entreguei tarde demais
São flores
Mesmo não tendo entregado nenhuma a você,
Sabes que a primavera lhe traz flores
Mesmo não podendo lhe entregar em mãos
Receba este poema como se fossem flores
Por favor.
Sinto que deveria encontrá-la em outro lugar,
em outras passagens
em outros livros
porém só tenho a ti
Quantas vezes eu me perdi
em mim mesmo
sem saber o quanto eu te adorava
sem saber o quanto eu mesmo estava
sozinho e machucado por dentro
e mesmo essa distancia não significa nada
para alguem que carregou consigo tantas marcas
e tantas cicatrizes;
Não é a duvida que me faz continuar,
Mas sim a certeza de que
ainda terei mais chances e sempre um novo pedido a fazer
Não tenho medo de mais nada,
já me deixo ficar triste
só para ver como você reage á minha tristeza...
Só pra ver se você realmente
me quis
como daquela vez.
Continuo triste
e sem chuva
e sem verão (mesmo ele estando aqui)
e sem nada
e sem me lembrar como é ter você
em meus braços e poder te amar...
quero-te em minha janela
quero-te ao meu lado
tenha esse poema como um pedido:
Quero a chuva na minha janela
Quero.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Verdade
Quero que levante a mão o ser humano
que se compreendeu plenamente.
Que levante a mão e diga
"Sim, eu me compreendi, sei exatamente quem sou, e por que sou"
E após dizer isso, fique imediatamente de pé e vá até a multidão
sem medo do quanto será desacreditado por todos
Sem medo de ser infeliz após isso
Sem medo de sofrer pela verdade
Sem medo de ignorar qualquer outro, pois ele não se compreende
Sem medo de nunca mais poder viver assim como era.
Se essa verdade é tão grande quanto qualquer religião
Qual será o seu dogma?
Mesmo assim eu sei qual é o seu Deus...
Levante a mão.
E digas:
(...)
que se compreendeu plenamente.
Que levante a mão e diga
"Sim, eu me compreendi, sei exatamente quem sou, e por que sou"
E após dizer isso, fique imediatamente de pé e vá até a multidão
sem medo do quanto será desacreditado por todos
Sem medo de ser infeliz após isso
Sem medo de sofrer pela verdade
Sem medo de ignorar qualquer outro, pois ele não se compreende
Sem medo de nunca mais poder viver assim como era.
Se essa verdade é tão grande quanto qualquer religião
Qual será o seu dogma?
Mesmo assim eu sei qual é o seu Deus...
Levante a mão.
E digas:
(...)
Letras e símbolos
Escrevo para aliviar a alma
Da bagagem daquilo que sempre existe
e não pode deixar de existir.
Escrevo para aliviar as dores
Machucados e pontos idênticos em todo homem
E todo momento em toda época.
Escrevo para aliviar o sofrimento
De toda a humanidade
Mesmo sabendo que não alivio nada.
Escrevo para aliviar o delírio
do cotidiano que não sigo
Mas que mesmo assim me torna outro eu.
Escrevo para aliviar meu pensamento
Que não deixa escapar mais nada
E tudo é isso: dor.
Me deixo escrever, me deixo levar
Espero um dia poder olhar para trás e ver
que tentei, afinal.
Da bagagem daquilo que sempre existe
e não pode deixar de existir.
Escrevo para aliviar as dores
Machucados e pontos idênticos em todo homem
E todo momento em toda época.
Escrevo para aliviar o sofrimento
De toda a humanidade
Mesmo sabendo que não alivio nada.
Escrevo para aliviar o delírio
do cotidiano que não sigo
Mas que mesmo assim me torna outro eu.
Escrevo para aliviar meu pensamento
Que não deixa escapar mais nada
E tudo é isso: dor.
Me deixo escrever, me deixo levar
Espero um dia poder olhar para trás e ver
que tentei, afinal.
Sala de aula.
Em um canto da sala eu continuava
Quieto, esperando
o dia acabar e eu ir embora
ir embora dalí
ir embora.
Ser esquecido e esquecer
Fazer de conta que nada alí aconteceu
fingir que todos os dias eu não tinha que ir para aquele lugar
E, ao deitar para acordar outro dia
Novamente me preparando para voltar para as salas
(Na verdade celas e prisão para a alma)
Fingir que tudo aquilo passaria rápido.
Mas não passava, e eu continuava esperando
Sem fazer barulho nenhum, em meio aos outros
poucos ou muitos, não me lembro
Nem quero me lembrar.
Só sei que queria ir embora dalí
ir embora.
Ir.
Quieto, esperando
o dia acabar e eu ir embora
ir embora dalí
ir embora.
Ser esquecido e esquecer
Fazer de conta que nada alí aconteceu
fingir que todos os dias eu não tinha que ir para aquele lugar
E, ao deitar para acordar outro dia
Novamente me preparando para voltar para as salas
(Na verdade celas e prisão para a alma)
Fingir que tudo aquilo passaria rápido.
Mas não passava, e eu continuava esperando
Sem fazer barulho nenhum, em meio aos outros
poucos ou muitos, não me lembro
Nem quero me lembrar.
Só sei que queria ir embora dalí
ir embora.
Ir.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Orgulho
Apenas fico escutando
o som dos carros como se fosse o oceano...
Orgulho
Abri as janelas e lá estava:
O sol apresentando toda a sua luz
para mais alguém além.
Estava frio e mesmo assim
diferente.Estava frio mas mesmo
assim eu tentava me esquentar
com você
Poderia me abraçar mais uma vez?
"Poderia mais uma vez me abraçar
Assim mesmo
como você gosta."
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Escrevo...escrevo...escrevo
Mesmo sem deixar
Ninguem ver o que eu escrevo para você
Apenas fico escutando
o som dos carros como se fosse o oceano
E aguardo mais um dia
mais uma semana
mais um momento, no final
Abandono os dias
me esqueço de contar como foram os momentos
me enturmo com mais um grupo
de desconhecidos só para pedir um conselho
e não vou ouvir
E o sol continua sua rota, sem desmerecer ninguém
Sem ninguém
Sem mais ninguém
Sem mais nenhum ponto em comum
Sem mais ninguém
Sozinho
E tudo isso é meu.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.Apenas espero que um dia tenha orgulho de mim.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Mais uma noite acordado.
Cai.
A chuva, pequenas gotas de agua caem
sob o asfalto
prédios e pequenas luzes ao longe
Frio.
Imagino o quanto essas luzes estão distantes de mim
Mal consigo observá-las
distantes sob o frio e a chuva.
Ouço carros, são
poucos os que
passam por aqui nesse horário
Meu horario
não é o de ninguém mais
não sei
não vou saber
não quero saber
distante e longe das luzes
espero para dormir
em paz.
A chuva, pequenas gotas de agua caem
sob o asfalto
prédios e pequenas luzes ao longe
Frio.
Imagino o quanto essas luzes estão distantes de mim
Mal consigo observá-las
distantes sob o frio e a chuva.
Ouço carros, são
poucos os que
passam por aqui nesse horário
Meu horario
não é o de ninguém mais
não sei
não vou saber
não quero saber
distante e longe das luzes
espero para dormir
em paz.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Useless.
Sim... essa é a letra de uma música.
Cansei de cantar o que não sou eu...
Cansei de procurar
algo que seja útil em mim
Não sei mais onde estou
e ainda não encontrei...
assim
só eu sei o quanto é dificil
e o quanto eu me empenhei.
Eu vi que estava só
tive medo de te encontrar
e me lembro o quanto chorou
mesmo sob a chuva e sozinha
então só eu sei
tenho motivos pra me isolar e morrer.
Cansei de cantar o que não sou eu...
Cansei de procurar
algo que seja útil em mim
Não sei mais onde estou
e ainda não encontrei...
assim
só eu sei o quanto é dificil
e o quanto eu me empenhei.
Eu vi que estava só
tive medo de te encontrar
e me lembro o quanto chorou
mesmo sob a chuva e sozinha
então só eu sei
tenho motivos pra me isolar e morrer.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Atores e máquinas
Mais uma data a ser comemorada
Arvores, ruas passadas
tempo que não se encontra
Um quarto de um hotel qualquer
em uma cidade distante e fria.
Estamos cegos
Estamos perdidos
Estamos presos
Estamos acorrentados
Estamos encobertos
Estamos chorando
Estamos distantes
Estamos morrendo pouco a
pouco e algo mais além disso
porém nenhum de
nós percebeu o quanto estamos assim
Visito novas deficiências e novas passagens
Paisagens de algo que não aconteceu
(Acontecerá? Não sei.)
E concluo que sou
uma atração a mais
...
nesse circo de mim mesmo.
tempo que não se encontra
Um quarto de um hotel qualquer
em uma cidade distante e fria.
Estamos cegos
Estamos perdidos
Estamos presos
Estamos acorrentados
Estamos encobertos
Estamos chorando
Estamos distantes
Estamos morrendo pouco a
pouco e algo mais além disso
porém nenhum de
nós percebeu o quanto estamos assim
Visito novas deficiências e novas passagens
Paisagens de algo que não aconteceu
(Acontecerá? Não sei.)
E concluo que sou
uma atração a mais
...
nesse circo de mim mesmo.
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