terça-feira, 28 de outubro de 2008
"Carta a Jackson Pollock"
"Carta a Jackson Pollock"
Eu escrevo sem pensar:
linhas, rimas, frases prontas
surgem como um horizonte, e sem temer
Escrevo o final
antes de pensar no começo;
E deixo como início aquilo que muitos pensam ser o fim.
Mas a vida é assim, como é
E não como queremos que seja o ser e não ser.
Afinal, é essa a vida que muitos querem ter.
Eu nunca pensei como escrever;
não me dou bem com isso.
Provavelmente por não saber o que escrever,
Como escrever
O porquê do escrever...
Mesmo assim escrevo
Sem esperar muito barulho:
Escrevo pelo silêncio.
Não sou movimentado pela razão
Não sou movimentado pela simples vontade
de seguir certas regras
E esperar que elas me controlem
Criem uma prisão dentro de meu próprio poema.
Escrevo pela liberdade que a
Palavra
possui.
Palavra.
Palavra que ergue uma visão simbólica de mim mesmo.
Mesmo sendo uma palavra qualquer,
ela é muito mais para mim.
E mesmo assim sempre pretendo continuar a escrever:
Não pra mim,
Não para obter o final de algo que não possuo,
Não para alguém
Pelo simples escrever.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
O tempo e as palavras
As palavras esquecem:
Elas sempre estão ocupadas, e não se enganam.
O tempo e as palavras.
Quantas vezes teremos que abraçar
esses sentimentos que se espalham pelos cantos
Nos mostram como a dança
Esse samba sem sentido
Mas com muita beleza?
Aquele hoje me faz sentido agora:
Eu tentei, mas nunca fiz questão
de querer encontrar novamente.
(Assumir o pouco de cada momento
É ouvir as palavras de cada distância
De cada saudade.)
Esquece.
Faz de conta que este dia é outro
Não é mais nublado,
Cheiro de chuva chegando,
Pessoas correndo esperando se molhar,
Mesmo assim achuva não vem.
Faz de conta que aquelas pequenas vitórias
Estiveram aqui sempre.
(E os erros e as figuras
E os personagens que eram você
E aqueles livros que ja foram lidos
E os momentos que desejou passar mais rápido
Por temer alguém.)
Esperar é ter tempo
e ter tempo é perder algo novamente.
Só pra mim.
Elas sempre estão ocupadas, e não se enganam.
O tempo e as palavras.
Quantas vezes teremos que abraçar
esses sentimentos que se espalham pelos cantos
Nos mostram como a dança
Esse samba sem sentido
Mas com muita beleza?
Aquele hoje me faz sentido agora:
Eu tentei, mas nunca fiz questão
de querer encontrar novamente.
(Assumir o pouco de cada momento
É ouvir as palavras de cada distância
De cada saudade.)
Esquece.
Faz de conta que este dia é outro
Não é mais nublado,
Cheiro de chuva chegando,
Pessoas correndo esperando se molhar,
Mesmo assim achuva não vem.
Faz de conta que aquelas pequenas vitórias
Estiveram aqui sempre.
(E os erros e as figuras
E os personagens que eram você
E aqueles livros que ja foram lidos
E os momentos que desejou passar mais rápido
Por temer alguém.)
Esperar é ter tempo
e ter tempo é perder algo novamente.
Só pra mim.
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